Morte e Vida Severina - Chico Buarque
Esta cova em que estás, com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho, nem largo, nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo
É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo, te sentirás largo
Porém mais que no mundo, te sentirás largo
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas à terra dada não se abre a boca
Mas à terra dada não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
(É a terra que querias ver dividida)
(É a terra que querias ver dividida)
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas à terra dada nao se abre a boca
Mas à terra dada nao se abre a boca
Morte e Vida Severina é um livro do escritor brasileiro João Cabral de Mello Neto, publicado em 1966.
O livro apresenta um poema dramático, escrito entre 1954 e 1955 e relata a dura trajetória de um migrante nordestino em busca de uma vida mais fácil e favorável no litoral.
Em 1965, a pedido do escritor Roberto Freire, diretor do Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), o músico Chico Buarque musicou o poema para a montagem da peça. Desde então sua presença no teatro brasileiro tem sido constante.
Não sei bem o que dizer... É linda... É triste...É real...
Quando eu li a primeira vez "Morte e Vida Severina", me arrepiava toda... É um história escrita em versos e cheia e repetições, contando a história da procura da vida e no caminho só encontrava-se a morte...
No Brasil de ontem e hoje não mudou muito, apenas a notícia está tão sucateada que já virou cotidiano a morte pela seca, o êxodo e a morte seja d´aqueles de morte matada, morte morrida ou dos anjinhos que nunca chegaram a nascer... Tento passar adiante essa história do "Severino da Maria do Zacarias, lá da Serra da Costela limites do Paraíba"...
O livro apresenta um poema dramático, escrito entre 1954 e 1955 e relata a dura trajetória de um migrante nordestino em busca de uma vida mais fácil e favorável no litoral.
Em 1965, a pedido do escritor Roberto Freire, diretor do Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), o músico Chico Buarque musicou o poema para a montagem da peça. Desde então sua presença no teatro brasileiro tem sido constante.
Não sei bem o que dizer... É linda... É triste...É real...
Quando eu li a primeira vez "Morte e Vida Severina", me arrepiava toda... É um história escrita em versos e cheia e repetições, contando a história da procura da vida e no caminho só encontrava-se a morte...
No Brasil de ontem e hoje não mudou muito, apenas a notícia está tão sucateada que já virou cotidiano a morte pela seca, o êxodo e a morte seja d´aqueles de morte matada, morte morrida ou dos anjinhos que nunca chegaram a nascer... Tento passar adiante essa história do "Severino da Maria do Zacarias, lá da Serra da Costela limites do Paraíba"...
FONTE LETRA:http://letras.mus.br/chico-buarque/90799/
FONTE VIDEO: http://www.youtube.com/watch?v=uL9cDmQxMwo
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